Dólar fecha a R$ 1,68; Bovespa retrocede 0,36%

O início da semana no mercado de câmbio doméstico foi marcado pelo volume bastante baixo de operações, em um dia de feriado nos EUA (Martin Luther King Day), o que deixou os agentes financeiros sem a sua principal referência de negócios.

Na BM&F (mercado de dólar à vista), o volume contratado foi de apenas US$ 474 milhões (dado preliminar), bem inferior à media de US$ 2 bilhões/dia registrada na semana passada.

Nesse contexto, o dólar comercial variou muito pouco ao longo dia, encerrando a sessão em R$ 1,683, um decréscimo de 0,11% sobre o fechamento da semana passada. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado por R$ 1,800 para venda e por R$ 1,630 para compra.

Ainda operando, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) opera com perdas de 0,36%, aos 70.688 pontos. O giro financeiro é de R$ 7,3 bilhões –inflado por vencimento de opções.

Entre as poucas notícias de destaque no dia, balança comercial brasileira registrou um superavit de US$ 496 milhões na segunda semana de janeiro, revertendo o deficit de quase US$ 500 milhões contabilizado no início do ano. Neste mês, o saldo positivo acumulado é de apenas US$ 10 milhões.

Apesar do baixo volume de negócios, o Banco Central não deixou de realizar seu leilão rotineiro para compra de moeda. A autoridade monetária anunciou a operação por volta das 15h44 (hora de Brasília), aceitando ofertas por R$ 1,6825 (taxa de corte). E na semana passada, o BC retomou a oferta de contratos de "swap" cambial reverso (equivalente a operações de compra no mercado futuro). Ainda não houve aviso se haveria uma nova operação nesses moldes para os próximos dias.

JUROS FUTUROS

No mercado futuro de juros, que serve de referência para o custo dos empréstimos nos bancos, as taxas previstas subiram nos contratos mais negociados.

O Comitê de Política Monetária anuncia depois de amanhã a nova taxa básica de juros. As apostas do setor financeiro apontam para um ajuste dos atuais 10,75% para 11,25%, com mais acréscimos até o final do semestre, provavelmente superando a casa dos 12%.

As projeções do setor financeiro para a inflação deste ano subiram pela sexta vez, conforme o acompanhamento semanal feito pelo Banco Central. O IPCA projetado passou de 5,34% para 5,42%, acima do alvo central da meta oficial deste ano (4,5%).

Um dos primeiros índices de preços relativos a janeiro, o IGP-10, reforçou essas expectativas, ao apresentar uma leitura de 0,49% em janeiro, ante prognósticos de 0,42% para o período.

No contrato para julho de 2011, a taxa projetada avançou de 11,88% ao ano para 11,90% para janeiro de 2012, a taxa prevista aumentou de 12,37% para 12,40%. E no contrato para janeiro de 2013, a taxa projetada passou de 12,69% para 12,75%. Esses números são preliminares e estão sujeitos a ajustes.

Fonte: Folha Online